quinta-feira, 16 de abril de 2009

Além da fronteira dos 46 mil

O Ibovespa encerrouo pregão de hoje em alta de 1,66%, a 46,024 mil pontos, o que significa um retorno ao mesmo patamar do início de outubro do anopassado. O desempenho é interessante, pois representa a superação de uma resistência - barreira de negociação que o mercado ergue diante do valor de um determinado ativo, em função de uma série de circunstâncias. Ainda é preciso descobrir até que ponto o rompimento é consistente, algo que será revelado nos próximos dias. Conversei com analistas hoje à tarde, e uma das respostas mais frequentes foi que, nos patamares atuais, o Ibovespa não sustentaria condições de compra para lucro no curto prazo, tendo em vista possíveis ajustes de posições nas cenas dos próximos capítulos. Porém, nem mesmo os analistas mais apocalípticos prevêem que o Índice volte aos abissais 30 mil pontos, registrados no momento mais amargo da crise - pelo menos até aqui - no final de outubro do ano passado. O fato é que sobram especulações, e faltam fundamentos. O G20 prometeu US$ 1 trilhão para tirar a economia mundial do buraco, mas ainda não foi determinado quem pagaria a fatura. Enquanto isso, a economia americana teima em não engatar. Não há sinais claros de que a coisa tenha "parado de piorar", e tudo fica neste remereme. Mas voltar, pelo menos temporariamente, ao patamar de 46 mil pontos é algo "auspicioso". Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.